quinta-feira, 30 de abril de 2020


2 de abril - Dia Mundial da Conscientização do Autismo



A data, criada em 2008 pelas Organização das Nações Unidas (ONU), chama a atenção para a importância de conhecer e tratar o transtorno que atinge mais de 70 milhões de pessoas no mundo, afetando a maneira como esses indivíduos se comunicam e interagem.
O Transtorno do Espectro Autista (TEA) envolve atrasos e comprometimentos do desenvolvimento, seja da linguagem, seja no comportamento social. Os sintomas podem ser emocionais, cognitivos, motores ou sensoriais. O diagnóstico definitivo é dado após os 3 anos de idade, mas os sintomas podem ser observados antes disso e os cuidados podem ser iniciados de imediato. A incidência em meninos é maior, tendo uma relação de quatro meninos para uma menina com o transtorno.
Para efeitos legais, os autistas são considerados pessoas com deficiência. De acordo com a Lei nº 12.764/12, é direito da pessoa com TEA o acesso a ações e serviços de saúde, incluindo identificação precoce, atendimento multiprofissional, terapia nutricional, medicamentos e informações que auxiliem no diagnóstico e no tratamento.
O Ministério dos Direitos Humanos, por meio da Secretaria Nacional dos Direitos da Pessoa com Deficiência, celebra a data e segue empenhada em garantir os direitos das pessoas com autismo no Brasil.

O que é o autismo?


→ Autismo

O autismo é um distúrbio do desenvolvimento humano que afeta de maneira considerável a vida do paciente.

→ Manifestações do autismo


Algumas manifestações são comuns nos autistas, porém, é fundamental esclarecer que cada indivíduo tem sua peculiaridade e nem todas essas ocorrências estão presentes em todos. É comum que pais do paciente observem alterações por volta dos 12 meses aos 18 meses, principalmente quando a criança ainda não desenvolveu a linguagem como outros bebês da mesma faixa etária.
Existe um mito bastante conhecido de que todos os autistas tenham habilidades extraordinárias. Entretanto, esse é um dado incorreto. Estima-se que menos de 5% dos autistas apresentem altas habilidades, sendo chamados de autistas de alto desempenho. Essas pessoas, normalmente, destacam-se por sua habilidade em matemática, artes e grande capacidade de memória. As causas das altas habilidades são ainda desconhecidas.

→ Causas do autismo

Por muito tempo, permaneceu uma crença de que o autismo seria causado pelo comportamento da mãe, que não forneceria afeto ao seu filho. Hoje sabemos que essa não é uma verdade, já que o autismo está relacionado com uma série de fatores. Estudos indicam que o autismo é decorrente de interações de fatores genéticos, ambientais e neuroquímicos. Vale destacar que alguns trabalhos mostram risco aumentado e recorrência de autismo em famílias que já possuem filhos autistas.

Inclusão no ambiente escolar


A inclusão escolar vai muito além do pensar em “educação especial”. Ela foi criada com o intuito de reconhecer as diferenças entre os alunos e valorizar essas características por meio de atividades que favoreçam as potencialidades de cada criança.
Desse modo, o paradigma de que as crianças que apresentam um desenvolvimento diferenciado precisam frequentar a educação especial é quebrado. Por meio desse entendimento, educadores e pais precisam se unir para encontrar atividades pedagógicas que se encaixem no perfil dos alunos. 

Compreenda as diferenças entre educação inclusiva e especial 

O conceito de educação especial partia do princípio de que crianças com desenvolvimento diferente do “senso comum” precisavam frequentar escolas diferenciadas. A partir disso, foram criadas as Associações de Pais e Amigos dos Excepcionais (APAEs), e demais instituições para alunos com autismo ou surdez, por exemplo.
Em 1996 essa metodologia começou a mudar um pouco. O Governo Federal aprovou a Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB), de nº 9.394. Desse modo, foi criada a obrigatoriedade de todas as escolas oferecerem atendimento aos alunos com necessidades especiais.
A criação da lei também mudou a maneira como a sociedade e a escola devem avaliar a educação de crianças com deficiência. A inclusão escolar tem justamente o intuito de promover a integração entre os alunos com desenvolvimento padrão e os que apresentam maneiras diferentes de aprendizado.
Dessa forma, entende-se que todas as crianças aprenderão com as diferenças, sabendo respeitar mais uns aos outros. Essa nova maneira de pensar e agir tem como objetivo mudar a cultura educacional e assegurar o acesso de todos à educação tradicional, para que as crianças possam ser valorizadas e se sentirem integradas à sociedade.

                                                                         fonte;https://educacaoinfantil.aix.com.br/